segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

A ÁGUIA .


   A águia empurrou gentilmente seus filhotes para a beirada do ninho.
Seu coração se acelerou com emoções conflitantes, ao mesmo tempo em que sentiu a resistência dos filhotes a seus insistentes cutucões. Por que a emoção de voar tem que começar com o medo de cair? Pensou ela.
   O ninho estava colocado bem no alto de um pico rochoso. Abaixo, somente o abismo e o ar para sustentar as asas dos filhotes. E se justamente agora isto não funcionar? Ela pensou.
   Apesar do medo, a águia sabia que aquele era o momento. Sua missão estava preste a se completar, restava ainda uma tarefa final: o empurrão.
   A águia encheu-se de coragem. Enquanto os filhotes não descobrirem suas asas não haverá propósito para a sua vida. Enquanto eles não aprenderem a voar não compreenderão o privilégio que é nascer águia.
O empurrão era o menor presente que ela podia oferecer-lhes. Era seu supremo ato de amor.
   Então, um a um, ela os precipitou para o abismo. E eles voaram!

   Às vezes, nas nossas vidas, as circunstâncias fazem o papel de águia. São elas que nos empurram para o abismo. E quem sabe não são elas, as próprias circunstâncias, que nos fazem descobrir que temos asas para voar.

Meditar Isaías 40:31

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