segunda-feira, 18 de abril de 2011

A agonia de Jesus


Sou um cirurgião e dou aulas há algum tempo. Por treze anos de minha carreira estudei anatomia a fundo. Posso portanto, descrever sem presunção a respeito de mortes como a de Jesus.
   Ele entrou em agonia no Getsemani e seu suor tornou-se como gotas de sangue a escorrer pela terra. O único evangelista que relata o fato com a precisão de um clínico é o médico, Lucas. Suar sangue, ou "hematidrose" é um fenômeno raríssimo produzido em ocasiões excepcionais: para provocá-lo é necessário uma fraqueza física, acompanhada de um abatimento moral violento causado por uma profunda emoção ou medo. O terror, o susto, a angústia terrível de sentir-se carregando todos os pecados dos homens devem ter esmagado Jesus.
   Esta tensão produz o rompimento de finas veias capilares que estão sob glândulas sudoríparas, o sangue se mistura ao suor e se concentra sobre a pele, escorrendo por todo o corpo. Ao ordenar a flagelação de Jesus, Pilatos permite que os soldados o despojem e o prendam pelo pulso a uma coluna do pátio. A flagelação se efetua com
chicotes compostos por tiras de couro múltiplas sobre as quais são fixadas bolinhas de chumbo e de pequenos ossos. Devem ter sido dois carrascos, posicionados um de cada lado e de diferentes estaturas, que golpeavam a pele já alterada por milhões de microscópicas hemorragias do suor de sangue. A cada golpe Jesus reagia com um sobressalto de dor. As forças se esvaem, um suor frio lhe impregna a frente, a cabeça gira em uma vertigem, calafrios ao longo das costas. Se não estivesse preso no alto pelos pulsos, cairia em uma poça de sangue. Depois o escárnio da coroação. Com longos espinhos, duros, que se entrelaçam em uma espécie de capacete aplicado sobre sua cabeça. Os espinhos penetram o couro cabeludo fazendo-o sangrar.
   Pilatos depois de ter mostrado aquele homem dilacerado à multidão feroz, entrega para ser crucificado. Colocam sobre os ombros de Jesus o braço horizontal da cruz, que pesa em média cinqüenta quilos. A estaca vertical já está plantada sobre o Calvário. Jesus caminha com os pés descalços pelas ruas de terreno irregular, cheia de pedregulhos. Os soldados o puxam com cordas. O percurso é de cerca de 600 metros. Fatigado, Jesus cai sobre os joelhos, a viga lhe escapa e lhe esfola o dorso. No Calvário inicia-se a crucificação. Os soldados despojam o condenado, mas sua túnica está colada nas chagas e tirá-la produz uma dor atroz. Há grande risco de toda aquela dor provocar uma síncope, mas ainda não é o fim. Com uma broca é feito um furo na madeira para facilitar a penetração dos pregos.
Os carrascos pegam um prego, longo, pontudo e quadrado, apoiam-no sobre o pulso de Jesus , com um golpe certeiro de martelo o plantam e o rebatem sobre a madeira. Jesus deve ter contraído o rosto assustadoramente. O nervo mediano foi lesado. Pode-se imaginar aquilo que Jesus deve ter provado; uma dor agudíssima, que se difundiu pelos dedos, e espalhou-se pelos ombros, atingindo o cérebro. O carrasco e seu ajudante levam Jesus, colocando-o primeiro sentado e depois em pé, consequentemente fazendo-o tombar para trás, e encostam-se à estaca vertical. Depois os ombros de Jesus esfregam na madeira áspera. As pontas cortantes da grande coroa de espinhos penetram o crânio. A cabeça de Jesus inclina-se para frente, pois é impossível encostar na madeira, as pontas agudas penetram sua carne a cada tentativa. Pregam-lhe os pés.
   Ao meio-dia Jesus tem sede. Não bebe nada desde a tarde anterior. Seu corpo é sangue puro. A boca esta semi-aberta, a garganta seca. Tem sede. Um soldado lhe estende sobre a ponta de uma vara uma esponja com bebida ácida. Um estranho fenômeno se produz no corpo de Jesus. Os músculos dos braços se enrijecem, os dedos curvam. A isto os médicos chamam de tetania. A respiração fica mais curta, como a de um asmático em plena crise. Jesus é envolvido pela asfixia. A fronte está suada, os olhos fora de órbita. Mas o que acontece? Lentamente, com um esforço sobre-humano, Jesus toma um ponto de apoio sobre o prego dos pés, esforça-se e eleva o corpo aliviando a
tração dos braços. Os músculos do tórax se distendem. Ele respira. A razão deste esforço é a necessidade de falar: “Pai, perdoa-lhes porque não sabem o que fazem". Logo depois o corpo começa a afrouxar-se novamente, a asfixia recomeça. Pouco depois o céu escurece, o sol se esconde, a temperatura diminui, Jesus grita: "Está consumado. Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito". E morre. No meu e no seu lugar.

Adaptação da carta de Autoria do Médico francês - Dr. Barbet.

   E hoje ainda existem pessoas que conseguem desprezar todo o amor do Senhor Jesus o trocando por minutos de prazer, fazendo coisas que desagradam o nosso Deus!!!!
   Reflita em sua vida e se entregue de fato e de verdade ao nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo!!!


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